Interação e continuidade nas mostras do Núcleo Vocacional em São Paulo


Secretarias de Cultura e Educação apresentam o resultado dos Projetos Dança, Música e Teatro Vocacional

A cidade de São Paulo recebe, entre os dias 1º e 29 de novembro, mais de 100 mostras públicas gratuitas dos projetos de Teatro, Dança e Música, distribuídos em 67 diferentes pontos. Todos os grupos foram orientados nestas linguagens e se apresentarão com o objetivo de promover a relação entre comunidade, equipamentos e projetos, compartilhando experiências e processos para mostrar os resultados e favorecer o intercâmbio entre os grupos. As mostras, todas com recomendação etária livre e com duração de cerca de 90 minutos, são eventos de caráter artístico destinados a expor e compartilhar, junto ao público, acontecimentos cênicos (acompanhados de formas e procedimentos diversos de apreciação) resultantes dos processos desenvolvidos pelo Núcleo Vocacional ao longo do ano.
O projeto de Teatro Vocacional surgiu em 2001. Em 2007, foi a vez da Dança ser contemplada. Pautado pelo encontro entre cultura e educação de forma continuada, o Núcleo Vocacional atravessou os anos formando pessoas interessadas em entrar em contato com a arte, sem fazer diferenciação entre amadorismo e profissionalismo. Quando foi implantado, o Projeto Teatro Vocacional visava incentivar a produção teatral e transformá-la em ferramenta para compreensão da realidade, pois o participante desta ação passava a ser agente tanto na criação artística quanto na elaboração de pontos de vista sobre o entorno, a partir de uma leitura crítica e reflexiva da realidade.
Um outro foco do projeto sempre foi descentralizar as ações de arte-educação, com o intuito de difundir o exercício de arte por toda a cidade, sobretudo nas regiões periféricas, onde o acesso a espetáculos de qualquer natureza ainda é incipiente. Além da formação na linguagem escolhida, o participante do projeto recebe orientações para expandir o aprendizado. No caso de teatro, há companhias que nasceram do projeto e se profissionalizaram. Os participantes da área de dança também já deram alguns passos importantes neste sentido.
Foi a partir de duas experiências vitoriosas que surgiu o projeto Música Vocacional, lançado em 2008. Assim como nos dois projetos iniciais, a ação é coordenada por artistas-orientadores selecionados por meio de edital público de chamamento. Os profissionais coordenam atividades que acontecem em equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, como o Centro Cultural da Juventude e bibliotecas públicas e também nos oito novos Centros Educacionais Unificados (CEUs), administrados pela Secretaria Municipal de Educação. “A trajetória do Núcleo Vocacional é marcada por constante criação e transformação. Na edição 2009, mantemos a missão de priorizar projetos que privilegiam um encontro real entre cultura e educação, principalmente nas suas essências de bases”, disse Expedito Araújo, coordenador do Núcleo.

O artista-orientador
O profissional contratado para atuar como artista-orientador no Projeto Vocacional, além de possuir comprovada experiência artístico-pedagógica, precisa realmente identificar-se com o material de trabalho: a arte e a ação cultural. É justamente por isso que o Vocacional preza a pluralidade de formações artísticas em grupos de pesquisa continuada e experiências pedagógicas, para proporcionar aos artistas-vocacionados um diálogo amplo com a criação cênica contemporânea, auxiliando na ampliação dos olhares sobre o mundo.
Nesta edição, em diálogo com a cena cultural paulistana, com coordenação geral de Expedito Araujo, artistas como Luciana Schwinden (Teatro da Vertigem), Gabriela Flores (Cia da Mentira), Marcelo de Andrade (Os Fofos), Paulo Celestino (Grupo XIX de Teatro), Dagoberto Feliz (Folias), Silvanah Santos (Cia Os Satyros), Ana Flavia Chrispiniano (IVO 60), Patricia Guifford (Cia São Jorge de Variedades), Mauricio Lencastre (Cia dos Isights), Claudia de Souza (Cia Danças), Fernando Machado (Cia Stacatto de Dança), Luis Ferron (Núcleo Luis Ferron), Wellington Duarte (Núcleo Zélia Monteiro), Pedro Peu (Núcleo Omstrab), José Leonel (Centro Experimental de Música SESC Consolação), Ana Claudia César (Grupo As Choronas), Robson Lourenço (Prof. Dança Fac. Anhembi Morumbi) Matteo Bonfitto (Prof Artes Cênicas Unicamp), Ivan Delmanto, Cassio Santiago, Soraya Aguillera, Ana Andreatta, Wilma de Souza, Ana Roxo, Zina Filler, Solange Borelli, Deca Madureira, entre outros, são orientadores dos processos que estarão nas mostras públicas.

Números dos projetos
O número crescente de inscritos no projeto é um reflexo do acolhimento da iniciativa por parte da sociedade. O número de integrantes dos grupos orientados praticamente dobrou de 2006 para 2007, de 370 pessoas para 610 artistas vocacionados, chegando a 980 em 2008. O número de atendimento atingiu seis mil cidadãos de forma direta e 25 mil indiretamente. A programação completa está disponível no site www.cultura.prefeitura.sp.gov.br




Mais informações:
Secretaria Municipal de Cultura
Departamento de Expansão Cultural
Divisão de Formação
Núcleo Vocacional
Tel. (11) 3397-0166 e 0167 /
(11) 9848-0255
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