"O teatro é mais generoso"

 

Por Alysson Cardinali Neto

 
 
Engraçada, divertida, cômica, brincalhona... Ok, Cristina Pereira é tudo isso. Afinal, em 40 anos de carreira, tornou-se uma das mais famosas comediantes do País. Mas essa paulistana “da gema” é muito mais do que uma expert na arte de fazer rir: talentosa, dedicada e apaixonada (pela vida e pela profissão), a atriz, com 60 anos (muito) bem vividos, usa seu talento não só para divertir, mas para fazer pensar. Não nega as origens (“Acho que sou comediante, o que é uma definição bastante abrangente”), mas, ao comemorar – no palco – as quatro décadas de carreira, com a peça “A Tartaruga de Darwin”, mostra ser muito mais do que, “apenas”, uma humorista de sucesso. Feliz, esta leonina com luz própria – e que não precisa provar mais nada a ninguém – abre seu coração para o Jornal de Teatro. Fala sobre televisão (onde começou a brilhar e guarda algumas más recordações), mas declara seu amor, mesmo, pelos palcos (“O Teatro, junto com minha família, é a minha vida”). E faz uma revelação: “Queria fazer mais cinema, mas ninguém me convida”, lamenta a atriz, que, entre uma apresentação e outra, no Teatro do Sesi, ainda encontra tempo (e fôlego) para co-dirigir a Casa da Gávea – um centro de artes cênicas fundado por ela, Paulo Betti, Eliane Giardini, Antônio Grassi e outros atores – e dar aulas de teatro. Com vocês, Cristina Pereira:  
 
Jornal de Teatro – Qual a emoção de completar quatro décadas de profissão? Que lições tira destes 40 anos de carreira? 
Cristina Pereira – A emoção de ter chegado até aqui podendo sobreviver do meu trabalho. Ver quantas boas oportunidades tive, quantas lutas, algumas poucas tristezas, mas essas são mais do trabalho na televisão. O teatro é mais generoso. 
 
JT – Qual o segredo para se chegar a uma data tão especial?
CP – Trabalhar e acreditar. 
 
JT – Como pretende comemorá-la? Imaginava, um dia, celebrar 40 anos de carreira? 
CP – Nunca pensei nisso. Só este ano. Acho que a melhor comemoração é no palco, claro, fazendo esse texto do Juan Mayorga e com esse elenco de amigos. Com saúde. Se pudermos, vamos viajar e mostrar o trabalho para outras plateias. Será um luxo! 
 
JT – Por que uma das formas escolhidas para festejar foi no palco, encenando “A Tartaruga de Darwin”? 
CP – Foi uma ideia do Paulo Betti, que viu o espetáculo em Madri e ficou muito entusiasmado. Quando a Casa da Gávea montou o projeto, tivemos a ideia de incluir a comemoração dos 40 anos de teatro. A festa, na realidade, começou no dia de meus 60 anos (9 de agosto), quando aproveitamos para reunir a equipe, os amigos e fazer uma leitura do texto, dentro do ciclo de leituras da Casa. 
 
JT – Como é trabalhar e contracenar com Paulo Betti (ele dirige e atua na peça, que também tem no elenco Vera Fajardo e Rafael Ponzi)? 
CP – Somos amigos há mais de 20 anos, quase 30. Eu acompanho o trabalho, a carreira do Paulo desde a EAD (Escola de Arte Dramática da USP), onde também fiz minha formação, no final dos anos 1960. Temos afinidades políticas, ideológicas e artísticas, além de uma história de vida com algumas semelhanças. Somos uma espécie de irmãos, pois também discutimos muito. 
 
JT – “A Tartaruga de Darwin” é uma fábula sobre a História contemporânea, onde realidade e fantasia se misturam na figura de sua personagem (Harriet), uma tartaruga que Charles Darwin trouxe das Ilhas Galápagos, está em processo de evolução para a forma humana e, graças à sua longevidade, presenciou algumas das mais emblemáticas passagens históricas – a revolução russa, os campos de concentração nazistas, o bombardeio de Guernica, entre outros eventos da humanidade nos séculos XIX e XX. Como é interpretar Harriet? Que mensagem você tenta passar ao vivenciar uma tartaruga? Como é a trama da peça? 
CP – Sempre opinamos ao representar um texto desse porte e conteúdo. Procuro fazer tudo com a máxima verdade e emoção. Acho que o texto do Mayorga fala sobre a “evolução monstruosa” do homem, que seria uma grande tristeza para Darwin, se estivesse vivo. Há uma análise crítica da postura do homem hoje. A peça fornece rico material histórico, com o qual podemos refletir sobre o que aconteceu. É extremamente mobilizante para mim contar toda essa história, todas as passagens, principalmente as das duas guerras. 
 
JT – Vamos entrar no túnel do tempo. Como foi o início de sua carreira? O que te levou a ser atriz? 
CP – Resolvi ser atriz no início da adolescência, em São Paulo. Soube da EAD pelo jornal e fui atrás. O que me levou foi a paixão por cinema e pelas histórias que eu lia quando criança. 
 
JT – Quais os maiores obstáculos que você enfrentou para se firmar na profissão? 
CP – Timidez, medo no início, pois vinha de um colégio de freiras salesianas e era uma menina ultra comportada. Depois, fui driblando as outras dificuldades que surgiram. Era um verdadeiro malabarismo, mas eu acabava sempre de pé e pronta para a próxima. 
 
JT – Ao olhar para trás, quais os momentos que mais te marcaram (positiva e negativamente)? 
CP – Os momentos sempre foram as pessoas na minha formação e convívio artístico. Para não cometer injustiças (risos): Dr. Alfredo Mesquita, Myriam Muniz, Ademar Guerra, Celso Nunes, Emilio De Biasi, Mario Masetti, Naum Alves de Souza, Paulo Medeiros de Albuquerque, lá em São Paulo, e ainda meus amigos Vic Militello, Ricardo Blat, Stela e Teresa Freitas, Ronaldo Ciambroni. Rafael Ponzi, Paulo Betti, Eliane Giardini, Isa Kopelman, Carmo Sodré, Ana Carolina (diretora de cinema), Flavio Marinho (aqui no Rio, fiz três espetáculos dele, grande amigo com quem aprendi e aprendo muito), o Teatro dos Quatro, Sergio Brito, Yara Amaral (saudosa), Ary Fontoura, José Wilker, Diogo Vilela, Louise Cardoso, Wolf Maya, Jorge Fernando, Chico Tenreiro (grande amigo, assim que chegamos ao Rio), Elias Andreato (me dirigiu em “Tantã” e me ensinou muito), André Valli (queridíssimo), nosso grupo na Casa da Gávea em Dona Rosita: Rubens Araújo, Duse Naccaratti (saudosa), Leonardo Vieira e Nidia Ferreira. 
 
JT – É, a lista e grande...
CP – Sim. E tem mais: Teresa Montero, que escreveu comigo “Angela Sant’Anna”, Helena Varvaki, Lucinha Cordeiro, Rafael Camargo, Ronald Teixeira, Anderson Cunha, que nos acompanha até hoje na “Tartaruga”, muito especial. Moacyr Góes, Julio Bressane, Hector Babenco, Gustavo Paso, Jô Bilac, Verônica Machado (fono), Carmen Luz, agora na “Tartaruga”, Vera Fajardo e Rafael Ponzi, sócios e companheiros na Casa da Gávea, ao lado do Paulo Betti, de quem já falei, e muitos outros que me escapam mas que me ensinaram muito. 
 
JT – Você, ao longo da carreira, demonstrou seu talento não só na televisão, mas no teatro e no cinema. Qual desses meios mais te agrada? Por quê? 
CP – Gosto dos três. No teatro temos mais autonomia, mas gosto também de cinema e televisão. Depende do que estamos fazendo. Tudo tem que ter qualidade mesmo que não tenha muita. 
 
JT – É inegável, porém, que a televisão (principalmente no período em que você foi contratada da Rede Globo) te deu maior visibilidade. Como define seu período na “Venus Platinada”? Quais recordações traz, por exemplo, da personagem Fedora Abdala, a Fefê, de “Sassaricando”, e os famosos quadros que fez no TV Pirata? 
CP – Foram trabalhos bons, boas oportunidades que tive, com qualidade e inovação. Até hoje as pessoas falam da Fedora de “Sassaricando”, uma novela do Silvio de Abreu que sempre aproveitou muito o meu humor. Ele escreve as personagens pensando no ator que interpretará e tudo fica muito natural. A TV Pirata foi um marco na televisão, pois inovou o humor na telinha, era maravilhoso. Fizemos a novela e o início da TV Pirata, tudo junto, era uma loucura. E, à noite, eu ia para o teatro fazer “O Amigo da Onça”, que foi, de certa forma, o embrião da Casa da Gávea. 
 
JT – Aliás, por que você saiu da Rede Globo (em 1991)? Comenta-se que foi por questões políticas envolvendo sua participação no quadro “O Povo Pirata”, do humorístico TV Pirata, e o fato de você ser simpatizante do PT. O que houve realmente? 
CP – Era uma outra época. Foi um pouco de tudo e o fato de terminar um contrato e não haver um convite ou interesse da direção daquele núcleo em renovar comigo, apesar do sucesso do meu trabalho. Eu fazia um espetáculo de teatro, “Corações desesperados”, com Ary Fontoura e direção do Jorginho, o Jorge Fernando, que tentaram, junto com o Silvio de Abreu, me ajudar na renovação do contrato na Globo. Mas não foi possível. 
 
JT – No início da nossa conversa, você falou que as poucas tristezas que teve na carreira foram provenientes do trabalho na televisão. Como assim?
CP – (séria) Ah, prefiro não falar muito sobre isso. Não quero me aprofundar neste tema. Por isso disse que o teatro é mais generoso. Minhas tristezas com a televisão fazem parte do passado, não vale a pena falar de um período tão distante. 
 
JT – Devido ao seu grande sucesso não só no TV Pirata, mas em novelas de cunho mais humorístico, você ficou marcada por fazer papeis cômicos (exemplo disso foi o seu sucesso em TV Pirata). Como você se define como atriz? 
CP – Acho que sou comediante, o que é uma definição bastante abrangente. Acredito que os comediantes possam fazer qualquer personagem, desde que sejam questionadores e inquietos. 
 
JT – Como foi a experiência nos demais trabalhos televisivos que você fez em outras emissoras, como Manchete, SBT e Record? 
CP – Foram bons trabalhos. Na realidade, comecei na TV Tupi, em 1979, com uma novela chamada “Dinheiro vivo”, do Mário Prata, em que fazia a Garapa, uma corintiana como eu. Estava grávida e passava horas, à noite, decorando a escalação do Corinthians em diversas épocas, auxiliada pelo Rafael Ponzi, com quem eu era casada e que entende tudo de futebol. Na Manchete, fiz uma novela escrita pelo José Louzeiro, de muito sucesso, “Corpo Santo”, e, no SBT, um seriado do Marcos Caruso e da Jandira Martini, “Brava gente”, dirigido pelo Roberto Talma. Tive o prazer de voltar a trabalhar com minha mestra, Myriam Muniz. Na Band, fizemos uma novela “O campeão” e, mais recentemente, participei de “Floribella”, uma novela voltada para o público adolescente. Atualmente, sou contratada da Record, onde estou muito feliz e fiz “Vidas opostas”, do Marcilio Moraes, além do seriado “A Lei e o Crime”, também do Marcílio. Tenho, pela primeira vez, um contrato de longa duração e projetos com a televisão. 
 
JT – Quais projetos?
CP –  Ainda não quero dar muitos detalhes, mas pretendo fazer, na Record, um programa voltado para o público feminino, um programa bem humorado. Farei esse programa com a Stella Freitas, uma grande amiga, com a qual trabalho há 40 anos, desde quando ela tinha o grupo teatral “Amanhã”, em São Paulo. Aliás, temos também um projeto para teatro, para ser executado após a temporada da “Tartaruga”. É um trabalho também voltado para o público feminino, que está sendo escrito pela Marta Góes e deverá ser lançado no segundo semestre de 2010.
 
JT – Qual sua maior virtude como atriz? Qual o defeito? 
CP – Acho que a verdade, a entrega ao trabalho seria a qualidade. O defeito, a tensão que provoca o exagero. 
 
JT – De todas as personagens que você interpretou na televisão, qual te deu mais trabalho? E mais satisfação? Qual você esqueceria? 
CP – A que deu mais trabalho foi a Yeda, de “Elas por elas”, minha primeira novela na Globo. Satisfação foi Fefê, de “Sassaricando”. Não esqueceria nenhuma. Todas me serviram como aprendizado. 
 
JT – Além de atriz, você é sócia fundadora da Casa da Gávea, um Centro Cultural com aulas de teatro, além de projetos e discussões de filmes, livros e vídeos. Fale sobre o projeto, iniciado em maio de 1992, e que, desde então, só cresce (em 2001, a Casa da Gávea recebeu o Prêmio Estácio de Sá na categoria Artes Cênicas). 
CP – A Casa da Gávea é a nossa trincheira cultural, como definiu o Paulo (Betti). Nesses 17 anos de trabalho fizemos muita coisa boa. Mas só nos damos conta quando paramos para arrumar os arquivos, para dar uma geral, ou quando alguém de fora, importante, reconhece o valor desse centro cultural, como aconteceu no Projeto Memória do Teatro Brasileiro e o Flavio Migliaccio falou da gente com a maior propriedade. Isso nos deixou muito felizes. 
 
JT – Outro exemplo de sua dedicação à arte é o fato de você ser professora de teatro. Por que e como passa seus ensinamentos à futura geração? 
CP – Gosto muito de dar aulas, de fomentar ideias e trabalhos. Isso aconteceu, algumas vezes, na Casa da Gávea, como em 92/94, com os atores da terceira idade que resolveram formar um grupo chamado Revivendo. Montamos “Morte e Vida Severina”, foi um trabalho especial e alguns se profissionalizaram e estão na ativa. Ou em 98/2000, com a montagem de “Dona Rosita”, a partir de uma oficina sobre Lorca, que originou um pequeno e sólido grupo que, mais tarde, fez “Entre o Céu e o Inferno”, onde escrevi e dirigi, dividindo a escrita com a Teresa Montero e a direção com a Helena Varvaki. Depois houve outras oficinas, como as denominadas “A comédia levada a sério”. 
 
JT – Mas como é sua metodologia para ensinar teatro?
CP – Procuro fazer junto com os alunos, estimulá-los, aproveitar o que eles têm e me fornecem como material de trabalho. 
 
JT – E como é o seu retorno?
CP – Fico muito cansada nesses cursos e oficinas, mas me envolvo demais com o trabalho. Sou, também, muito questionadora e exigente comigo, pois acho que muitos cursos são picaretagem. Acho que poucos são bons professores porque é muito difícil mesmo. Há coisas que não se ensinam, não dá. E para dar aulas há que se saber muito. 
 
JT – Quem você destaca nesta nova safra de atores e atrizes surgidos ultimamente? 
CP – Gostei demais de ter trabalhado com uma atriz muito talentosa, a Lidiane Ribeiro. Ela era a protagonista de “Desesperadas”, um texto do Jô Bilac. 
 
JT – Qual recado você daria para esta geração? 
CP – Persistência, disciplina, humildade (não exagerada, culpada, mas reconhecedora das falhas), envolvimento com o trabalho e dedicação. Quando fiz, ano passado, “Alzira Power”, ouvi uma frase dita pelo Gustavo Paso, ótimo diretor, que “o teatro te dá o que você dá para ele”. É isso. 
 
JT – Como, hoje, seria a Cristina Pereira em início de carreira? 
CP – Mais estudiosa, atenta, exigente e ousada. 
 
JT – Falamos muito de televisão, mas o que é o teatro na sua vida? E o cinema? 
CP – O Teatro, junto com minha família, é a minha vida. Cinema, uma experiência muito boa, principalmente nos filmes da Ana Carolina. Queria fazer mais cinema, mas ninguém me convida. 
 
JT – Quais os planos para o futuro? 
CP – Muitos, sempre. Aliás, estar na Casa da Gávea, supõe que se tenha muitos projetos, muita energia e fé para tocá-los. Essa é a filosofia do Paulo Betti e a nossa.
 
A CARREIRA DE CRISTINA
Consagrada no teatro, Cristina Pereira atuou em mais de 20 peças como atriz e diretora. No cinema, trabalhou com Hector Babenco, Bruno Barreto, Júlio Bressane e Ana Carolina. Mas ficou famosa com as personagens cômicas que interpretou na tevê, como a marcante Fedora Abdala, a Fefê, de Sassaricando, e os inúmeros quadros que fez no TV Pirata, ambos da Globo. Seu início de carreira foi na extinta TV Tupi, na novela “Dinheiro vivo”, do Mário Prata. Cristina é sócia fundadora da Casa da Gávea, atriz, diretora e professora de teatro. Atuou nas peças “O Círculo de Giz Caucasiano”, de Bertolt Brecht; “A Missa Leiga”, de Chico de Assis; “Equus”, de Peter Shaffer; “Mahagonny”, de Bertolt Brecht; “Jogos na hora da Sesta”, de Roma Mahieu; “A Aurora da minha vida”, de Naum Alves de Souza; “A mente capta”, de Mauro Rasi; “Foi bom, meu bem?”, de Luis Alberto de Abreu; “Assim é, se lhe parece”, de Luigi Pirandello; “Sábado, Domingo e Segunda”, de Eduardo De Filippo; “O Amigo da Onça”, de Chico Caruso; “Corações desesperados”, de Flávio de Souza; “Tantã”, de Rafael Camargo; “Salve Amizade”, de Flávio Marinho; “Dona Rosita, A Solteira”, de Federico Garcia Lorca; “Entre o Céu e o Inferno”, de Teresa Montero e Cristina Pereira; “Por que Você Não Disse Que Me Amava”, de Vera Karam; “Abalou Bangu”, de Flávio Marinho; e “Alzira Power”, de Antonio Bivar.
Na televisão atuou em “Elas por Elas”, de Cassiano Gabus Mendes; “Guerra dos Sexos”, de Silvio de Abreu; “Vereda Tropical”, de Carlos Lombardi; “Sassaricando”, de Silvio de Abreu; e “TV Pirata” (estas na Rede Globo); “Corpo Santo”, de José Louzeiro (TV Manchete); “Brava Gente”, de Marcos Caruso e Jandira Martini (SBT); “O campeão” e “Floribella (Bandeirantes); “Vidas Opostas” e “A Lei e o Crime”, ambos de Marcílio Moraes, (TV Record). No teatro dirigiu “Morte e Vida Severina”, com atores da terceira idade na Casa da Gávea; “Grude, pocket show”; “Histórias de cronópios e de famas”; “O Desejado”; “Amigas”, “Dona Rosita, a solteira”, uma co-direção com Antonio Grassi; “Querida Mamãe”, em Lisboa; “Entre o Céu e o Inferno”. 
 
A ATRIZ NO PALCO
A peça “A Tartaruga de Darwin”, do espanhol Juan Mayorga, comemora os 40 anos de carreira de Cristina Pereira. A atriz celebra a data (no Teatro Sesi, até 15 de novembro), ao lado dos amigos e sócios da Casa da Gávea Paulo Betti (acumulando as funções de ator e diretor), Vera Fajardo e Rafael Ponzi (também tradutor do texto). A peça marca, ainda, a volta de Paulo Betti, que tem se dedicado não só à televisão, mas ao cinema, à direção teatral e aos palcos como ator. Este ano, aliás, além das quatro décadas profissionais de Cristina, comemora-se os 200 anos do  do nascimento de Charles Darwin, autor de “A Origem das Espécies”, livro definitivo para o pensamento científico acerca do desenvolvimento da vida e a origem do homem. As idéias de Darwin foram inspiradoras para Mayorga na criação do texto que originou “A Tartaruga de Darwin”.
“A TARTARUGA 
DE DARWIN”
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