Espetáculo de dança aérea com cadeirantes no Cacilda Becker

A Pulsar Cia de Dança apresenta o espetáculo “Por trás da Cor dos Olhos”, de 6 a 9 de dezembro, no Teatro cacilda Becker, no Rio de Janeiro. Em cena, dez bailarinos, entre os quais três cadeirantes, apresentam um trabalho, que inclui movimentos aéreos e possibilita ao público e aos próprios intérpretes vivenciar a relação com o peso e a suspensão.



Entre os dias 12 e 16, o projeto “Intercâmbio Dança-Educação” vai apresentar eventos gratuitos que contam com a parceria da Escola e Faculdade de Dança Angel Vianna como, por exemplo, a Mostra Universitária que traz trabalhos de alunos dessas instituições, da UFRJ e da UniverCidade.

“Por trás da cor dos olhos” é uma releitura de “Haploss”, primeiro espetáculo da companhia, criada em 2000 e dirigida por Teresa Taquechel. A diretora explica que “Haploss” se desenvolvia todo no chão, em contraponto a uma pesquisa de aéreos que, na época, devido à falta de estrutura, impossibilitou a participação de bailarinos cadeirantes. O desejo de dar continuidade a este trabalho permaneceu e, agora, a realização do projeto foi possível.

Nesse espetáculo, os bailarinos com deficiência utilizam os próprios corpos como meios de locomoção entre si. Também são utilizados materiais cênicos diferenciados, como tecidos e pranchas rolantes. “Por trás da cor dos olhos” conta com trilha sonora inédita, composta pelo músico Bernardo Gebara; desenho de luz de Renato Machado e figurino assinado pelo ateliê Muggia. “Pretendemos criar um plano de imanência, vivenciar sensações e percepções geradas a partir desta construção cênica”, afirma Teresa Taquechel, que contou com Vanda Jacques, diretora da Intrépida Trupe, na coordenação da pesquisa de movimento nos aparelhos aéreos.

No elenco estão Andrea Chiesorin, Camila Fersi, Bruno Almeida, Beth Caetano, Rogério Andreolli, Renata Cockrane, Marianne Panázio, Paula Mori, Laura Noronha, Raphael Arah. Para a criação do espetáculo, a rotina de ensaios da companhia incluiu aulas de consciência corporal, técnicas de dança, além de aulas de filosofia e arte, com o objetivo de estruturar conceitualmente o trabalho a partir dos pensadores da filosofia da diferença, como Bergson e Deleuze, entre outros.

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